Diretora-executiva do Hospital Sapiranga compartilhou lembranças e trajetórias no encontro realizado no Acampamento Farroupilha.
Uma fotografia antiga, feita quando tinha apenas quatro anos, foi o fio condutor de uma história de vida marcada por simplicidade, coragem e superação. Foi assim que a diretora-executiva do Hospital Sapiranga, Elita Herrmann, abriu sua participação na edição especial do Entre Elas, realizada na manhã desta terça-feira (16/09), no palco central do Acampamento Farroupilha de Sapiranga, promovido pela CDL Mulher da CDL Sapiranga.
“Quando eu fiz aquela foto, ela marcou muito a minha vida porque foi o meu primeiro registro. Não tive fotos de bebê ou de um aninho. Sou a caçula de sete irmãos, filha de agricultores de São Sebastião do Caí. Meu pai colhia uvas e produzia vinho. Por isso, essa fotografia foi tão especial, o meu primeiro registro de criança”, compartilhou, emocionada diante das mulheres empreendedoras que acompanhavam atentamente seu relato.
Da infância no interior ao primeiro emprego, Elita lembrou do período em que servia café, sem imaginar que aquele gesto simples seria a porta de entrada para o mundo profissional.
“Um dia criei coragem para pedir uma chance a um dos diretores uma vaga na Escola de Curtimento, em Estância Velha. Era um setor dominado por homens, mas consegui o meu espaço. Até hoje brinco que fui uma das poucas mulheres a entrar ali. Aquilo abriu os caminhos do mundo para mim”, relatou.
A história seguiu com novos capítulos: o casamento em 1989, a experiência em uma multinacional até 1995 e, principalmente, a descoberta de sua vocação na gestão hospitalar.
“Quando me formei, surgiu uma vaga na prefeitura de Novo Hamburgo, ligada à administração hospitalar. Eu agarrei com todas as forças”, afirmou.
No evento, Elita também resgatou o retrato do Hospital Sapiranga em 2007, quando assumiu a instituição em meio a um cenário desafiador.
“Acredito que todos que passaram pelo hospital deram o seu melhor. Mas a fotografia daquele tempo era dura: mais de R$ 10 milhões em dívidas, salários atrasados e uma situação bastante precária. Naquele período, eram 252 choolaboradores e cerca de 90 médicos. Hoje, somos 680 colaboradores e mais de 300 médicos, e isso mostra o quanto conseguimos crescer juntos. Agora, avançamos com o projeto HS 2030, que define nossa nova visão institucional e orienta os próximos passos da gestão na busca por excelência, crescimento sustentável e relacionamento humano. Nosso propósito é claro: cuidar das pessoas, pois no Hospital Sapiranga toda vida importa, por isso sempre colocamos o paciente no centro das nossas decisões”, declarou a diretora-executiva do Hospital Sapiranga, Elita Herrmann.
Entre lembranças, conquistas e desafios, Elita mostrou que sua trajetória é um convite à esperança — a prova de que a determinação pode transformar histórias e inspirar gerações.
Post em 16/09/2025